sexta-feira, 16 de julho de 2010

O adeus da esperança


O que fazer quando dói?
A esperança quase nunca morre, mas quando isso acontece, é como perder um pouco de si mesmo.
É se desligar um pouco do mundo e da sua identidade. E isso dói.
 O rosto que te afronta no espelho é cruel, te expõe a realidade, e colocar os pés no chão é pisar em pregos.
Cada segundo do seu dia é triste e tudo aquilo que te mostrava confiança se converteu em temor. 
Sem rumos, sem expectativa. É hora de recomeçar. Mas como, se dói? 
Tem uma espada perfurando meu peito como sorrisos desaparecendo. E as memórias viraram pó.
As recordações se perderam no deserto do meu coração. 
O que fazer quando tudo desaparece, o seu caminho, o seu Destino, a sua razão?
A vida se esvaziou, como um ralo aberto que em segundos faz tudo desvanecer.
E tudo que um dia fez sentido, era ilusão.
 Como um brisa fria, numa tarde de sol flamejante.
Como uma Lua Cheia cintilante em uma noite nublada. 



Só um sonho e nada mais. Acordei. E doeu.

Loren Rodrigues